Muito mais que uma coleção de casos de discos voadores, ufologia é uma pesquisa seria. Saiba como surgiu conheça casos importantes.

Boa parte do mundo tem em seus calendários o início de um ano. Diferem, pro exemplo, os chineses, tem a virada do ano no fim de janeiro ou começo de fevereiro, os judeus, em meados de setembro, os hindus, três datas variando com o povo, os islâmicos, em 7 de dezembro, os brasileiros, depois das festividades do Carnaval.

Escrevi várias vezes sobre ufologia abordando classificações de contatos, tipologias, casos, mas nunca fiz uma introdução ao tema. Esta é a ideia para este post: proporcionar uma introdução à ufologia e esclarecer algumas ideias um tanto equivocadas que a maioria das pessoas tem a respeito do assunto e das pessoas que o pesquisam.

Concepção artística

A palavra ufologia significa “estudo dos UFOs” e UFO, por sua vez, é a sigla para unidentified flying object, objeto voador não-identificado (OVNI). Algumas literaturas mais antigas apresentam o termo “ovniolgia”, ainda em uso no português europeu e que possui o mesmo significado, mas caiu em desuso no Brasil.

Já chegou o disco voador!  Aliás, de onde veio a expressão disco voador? Já expliquei em outros textos, mas vale lembrar. Na tarde de 24 de junho de 1947, o piloto privado Kenneth Arnold sobrevoava o o Estado de Washington quando um reflexo cruzou sua vista. Ele viu nove objetos estranhos voando em formação. Nos dias 26 e 27, os jornais começaram a usar os termos “flying saucer” e “flying disc” (“disco voador”). Anos depois, porém, Arnold disse que suas palavras foram um pouco torcidas. O que ele teria sido “they flew erratic, like a saucer if you skip it across the water“, “eles voavam erráticos, como um disco/prato/pires se você o fizer pular pela água”.

Relatório de Kenneth Arnold à inteligência das Army Air Forces (AAF, Forças Aéreas do Exército), datado de 12 de julho de 1947, contendo desenho à mão dos objetos vistos (Foto: USAF)

Portanto, ao que tudo indica, a expressão “disco voador” nasceu do erro de um repórter. Os objetos que Arnold viu não se pareciam em nada com discos voadores. Mas a expressão pegou… Porém, OVNI, disco voador e “naves extraterrestres” não devem ser confundidos – um erro comum. É uma questão de definição. Se foi visto algum objeto no ar e ninguém foi capaz de identificá-lo, é um OVNI, mas não significa que é uma nave de outro planeta.

O avistamento de Arnold é considerado o início da Era Moderna da Ufologia, quando ela passou a ser pesquisada sistematicamente e com mais seriedade, e o dia 24 de junho é tido como o Dia Mundial da Ufologia.

Semanas depois, a ocorrência do Caso Roswell, que abordaremos mais adiante, ajudaria a popularizar ainda mais o assunto. Nos anos seguintes, ouve um número incrível de relatos. Nas décadas de 1950 e 60, ocorreu o boom ufológico. Apesar de casos icônicos – veremos alguns – infelizmente, a maioria dos relatos e fotografias eram erros de identificação (aeronaves, balões, fenômenos meteorológicos, etc.) e fraudes. Todos queriam ver um disco voador, afinal.

Cogumelo formado pela explosão da bomba atômica Little Boy sobre Hiroshima

Muitos estudiosos apontam 1945 como um ano chave para o despertar do fenômeno. Em 16 de julho daquele ano, a humanidade provocou a explosão da primeira bomba atômica, através do Manhattan Project. Em 6 de agosto, uma arma nuclear foi usada na guerra pela primeira vez, sobre a cidade japonesa de Hiroshima.

O desenvolvimento de armas de destruição em massa teria chamado a tenção de outras inteligências no universo, preocupadas por estarmos nos colocando próximos da auto-destruição. Tal destruição também causaria efeitos negativos sobre a natureza, claro.

Assim como os objetos de Arnold, a maioria dos OVNIs avistados não tinham a forma de disco. As estatísticas variam conforme as instituições de pesquisa ufológica que as divulgam, já que são referentes aos casos investigados e relatos colhidos por elas, mas, geralmente, a forma mais vista é a de uma luz. Depois, triângulos, esferas e, em quarto, discos.

Além dos avistamentos, surgiram também pessoas que diziam ter sido levadas contra a vontade para o interior das naves. Alguns destes relatos são verdadeiros roteiros de terror. Mas haviam também os que foram contatados amigavelmente por seres inteligentes de outros planetas – até de outras dimensões – que teriam planos benéficos para a humanidade.

Estudo  A ufologia se divide em dois grandes grupos: a científica e a espiritual. Uma, com a qual me identifico há anos, visa estudar o fenômeno por meio de seus efeitos físicos mensuráveis: como o nome sugere, aplicar a ciência à ufologia. A outra estuda a natureza espiritual do fenômeno, sobre a qual tenho lido apenas mais recentemente.

“A ufologia não é considerada ciência pelos cientistas atuais e não é considerada espiritualidade pelos espiritualistas de sempre. No entanto, a ufologia é ciência e é espiritualidade. É vital que seja pesquisada com metodologia científica e, da mesma forma, com o horizonte vasto da multidimensionalidade”, explica a médica Mônica de Medeiros no livro Projeto Contato (2013, Biblioteca UFO). Ela é uma das maiores pesquisadoras da ufologia espiritual do país e também é uma contatada.

Este aspecto do fenômeno ufológico costuma causar certa repulsa em algumas pessoas, mas é importante esclarecer que ele não se relaciona com qualquer crença religiosa. Os cientistas adeptos à ufologia não são levados a sério no meio científico, mesmo com nomes importantes da ciência pelo mundo.

Haverá o “contato definitivo” algum dia?

Hipóteses  Para explicar o fenômeno ufológico, existem diferentes hipóteses. Nenhuma delas explica todos os casos. Elas incluem, fraudes, erros de identificação de aeronaves (hipótese terrestre, que envolve aeronaves secretas para fins militares e de inteligência) e fenômenos meteorológicos (hipótese natural, que inclui fenômenos atmosféricos ainda não compreendidos pela ciência).

Na hipótese psicossocial, os fenômenos ufológicos são sugestões hipnóticas, alucinações ou fantasias causadas pelo mesmo mecanismo que muitas experiências religiosas, paranormais, sobrenaturais ou ocultas. Essas fantasias podem ser influenciadas pelo ambiente em que a testemunha foi criada: contos infantis, religião, ficção científica, etc. Nesta teoria, as ondas de avistamento são casos de histeria em massa.

Menos abordada, a hipótese dos viajantes temporais propõe que objetos e seres vistos são de origem humana e futura: somos nós em um futuro distante viajando para os dias de hoje. Ela se relaciona um pouco com a hipótese interdimensional ou ultraterrestre, na qual provém de outra dimensão. Esta última explicação se relaciona com estudos de ectoplasma e materialização da doutrina espírita – encarnados outros planetas vêem à Terra em espírito ou uma matéria menos concentrada podendo materializar seus corpos e naves – e vem ganhando mais adeptos recentemente.

Existem cavernas de profundidade ainda não determinada e com estranhos fenômenos associados a elas – muitas no Brasil. Elas dão força para a hipótese intraterrestre, pouco considerada em alguns aspectos. Existe uma civilização vivendo no subsolo. Na teoria da Terra Oca, há um mundo diferente no interior de nosso planeta.

Por fim, temos a explicação mais famosa: a hipótese extraterrestre. Na hipótese mais difundida da ufologia o fenômeno é causado por visitantes materiais de outros mundos.

Estranhas luzes vistas sobre Phoenix, Arizona, EUA, na noite de 13 de março de 1997 filmadas pela estação local da FOX News (Foto: Fox News)

MIBs  Cada vez mais, pessoas de diferentes áreas e níveis de formação ingressam na pesquisa ufológica, contribuindo da forma que podem para ampliar nosso entendimento do fenômeno. Com a abertura gradual de governos (que detém informações de grande valor por meio das forças armadas de seus países) ao diálogo com a sociedade, esta parece estar tornando-se mais suscetível à aceitação do fenômeno. A ridicularização sempre foi um medo presente em testemunhas – que se silenciavam e não passavam adiante relatos importantes e até algumas formas de evidências.

Como exemplo de governo fechado ao diálogo, podemos citar o estadunidense. Apesar de um provável volume inimaginável de informações, o Tio Sam recusa-se a falar sobre o assunto. Sempre que o assunto surge, a resposta é muito semelhante às dadas por certo ex-presidente sul-americano barbudo e sua sucessora sobre corrupção em seus governos: “Não sabemos de nada”. No caso dos EUA, a resposta é algo mais para “não existem evidências, nossos militares não sabem de nada, mas nossos cientistas estão procurando por sinais de rádio e planetas parecidos com a Terra pelas estrelas e por evidências de micróbios no Sistema Solar.”

Nossas palmas ficam para o governo do Chile. Em 1997, foi criado o Comité de Estudios de Fenómenos Aéreos Anómalos (creio que não seja necessário traduzir, CEFAA), para estudo de casos ufológicos com perspectiva científica. Mas as atividades eram mínimas e discretas por conta dos poucos fundos e da falta de interesse das autoridades. Em 2010, a Dirección General de Aeronáutica Civil (outra tradução desnecessária, DGAC) passou a prestar amplo apoio ao órgão e suas atividades foram ampliadas. Dois anos depois, foi assinado um termo de cooperação entre o CEFAA e a Comisión Receptora e Investigadora de Denuncias de Objetos Voladores No Identificados (tradução desnecessária #3, CRIDOVNI) da Fuerza Aérea Urugaya (tradução desnecessária #4, FAU). O CEFAA também conta com recursos da Fuerza Aérea de Chile (Combo!, FACH).

E o mais importante: TUDO ABERTO AO PÚBLICO. Cidadãos enviam relatos ou evidências a serem analisadas (usualmente fotografias) e o relatório é divulgado publicamente após a investigação. Certamente, um exemplo!

Em Brasília, 19 horas…  Mas e quanto ao Brasil? Bem… Você sabe como funcionam as coisas por aqui, não sabe? Em 2004, teve início a campanha UFOs: Liberdade de Informação Já, encabeçada por seis importantes nomes da ufologia brasileira, a Comissão Brasileira de Ufólogos (CUB), para recolher assinaturas em prol da abertura de documentos militares relativos a casos ufológicos. Eu mesmo lembro de tentar levantar o assunto com conhecidos da família e tentar convencê-los as participar do abaixo assinado.

Após 14 meses de campanha, em maio de 2005, a CBU foi convidada para conhecer as instalações do Centro Integrado de Defesa Aeroespaial e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) e do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) e para uma reunião com militares da Força Aérea Brasileira (FAB) acerca da abertura de arquivos de três casos que tiveram a participação de militares. (Ainda falaremos sobre eles.) Na ocasião, também foi permitido que eles olhassem algumas páginas de tais documentos. Mas apenas isso. Uma equipe de reportagem da Rede Globo acompanhou e houve uma reportagem exibida no início do Fantástico, da Rede Globo, com narração do meu conterrâneo Cid Moreira.

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Pareceu-me que o público esqueceu do assunto assim que a reportagem acabou (se é que estiveram com isso em mente em algum momento). E apenas com o passar dos anos foi havendo uma abertura quelônica dos arquivos. A cada lote liberado, a comunidade ufológica festejava, claro. O último lote foi liberado em 7 de agosto deste ano e é considerado o mais importante até sua liberação, contendo gravações entre pilotos e controladores de tráfego aéreo, filmagens e centenas de páginas de relatórios estatísticos – uma espécie de resumo dos casos que chegaram ao conhecimento da FAB da década de 50 até o ano 2000.

Os documentos ficam disponíveis para consulta pública no site do Arquivo Nacional, ou Sistema de Informação do Arquivo Nacional (SIAN). Para facilitar, a Revista UFO, do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), também mantem meios de acesso aos arquivos.

Os ufólogos também visam estabelecer um canal direto entre militares e civis para cooperação na pesquisa ufológica.

Capa do número 111, de agosto de 2005, da UFO, relatando o primeiro contato oficial dos ufólogos com militares (Foto: Revista UFO)

Casuística  É simplesmente impossível contar as vezes nas quais o fenômeno ufológico se manifestou. Portanto, nos ateremos a uma abordagem superficial dos casos de maior repercussão pública e importância em termos de pesquisa.

No início de agosto de 1947, pouco depois do avistamento de Kenneth Arnold, um fazendeiro encontrou restos de uma aeronave sinistrada (no jargão das seguradoras) a 120 km de Roswell, Novo México. Na noite anterior, ele teria ouvido uma forte explosão e um casal teria visto um grande objeto luminoso voando rápido pela região. A imprensa local noticiou a queda de um disco voador e a base aérea de Roswell, para onde o material foi levado, confirmou no dia 8. Posteriormente, foi explicado que o material pertencia a um balão meteorológico. Há muitos boatos sobre o Caso Roswell e eles incluem corpos de extraterrestres e até um ET vivo.

Roswell Daily Record anuncia que militares capturaram um disco voador na região de Roswell (Foto: domínio público)

Nas primeiras horas da madrugada de 25 de janeiro de 1942, um grupo de objetos voadores atravessou os céus de Los Angeles provocando uma expressiva reação militar e pânico nos moradores, que acordaram com as sirenes e a artilharia antiaérea. Os objetos não pareceram ser afetados pela artilharia, cujos milhares de projéteis caíram de volta na cidade. O episódio ficou conhecido como Batalha de Los Angeles.

Durante a II Guerra Mundial, muitas tripulações de aeronaves relataram objetos luminosos que voavam junto com elas e ficaram conhecidas como Foo Fighters.

Fotografia publicada em 26 de fevereiro de 1942 no Los Angeles Times mostrando misterioso objeto da Batalha de Los Angeles na mira de holofotes com explosões de artilharia ao redor (Foto: LA Times)

Um OVNI sobrevoou a localidade de Kelly Hopikinsville, Kentucky, em agosto de 1955. Billy Ray Taylor e outras pessoas em sua casa viram uma criatura estranha se aproximar de sua casa: cinza, 1 m de altura, cabeça oval e careca e enormes olhos amarelos brilhantes. Andavam co os braços estiados. No lugar das mãos garras. Foram vistos outros seres. As pessoas atiraram neles mas nenhum corpo foi encontrado.


Relato de William GIll sobre seu avistamento em 26 de junho de 1959 em Papua Nova Guiné

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Em 19 de setembro de 1961, Barney e Betty Hill voltavam para New Hampshire após curtas férias no Canadá. Após verem algo estranho na estrada e ouvirem bipes, tiveram a sensação de amnésia lacunar, não se lembrando do que ocorreu durante algumas horas. Este foi o primeiro caso de abdução investigado com emprego de hipnose regressiva, que revelou um contato com seres de Zeta Reticuli.

Em 5 de novembro de 1975, no Arizona, um grupo de jovens lenhadores em uma picape voltando do serviço numa floresta viu uma nave a poucos metros do chão em uma clareira. Travis Walton saiu do veículo e o objeto lançou um feixe de luz contra seu peito. Ele caiu desmaiado e seus companheiros fugiram. Quando retornaram, Walton não estava mais lá. Uma grande operação de busca não o encontrou e seus amigos foram tidos como suspeitos de homicídio, sendo interrogados com um polígrafo. Após seis dias desaparecido, Walton telefonou para casa e foi encontrado desidratado, nauseado e esgotado. Em transe, ele relatou ter estado em uma nave com seres de diferentes tipos físicos. Ele já veio ao Brasil falar sobre sua abdução – retratada no filme Fogo no Céu (1993), que distorceu o caso.

O Casal Hill

Nos últimos dias de 1980, um objeto estranho pousou próximo a duas bases militares no sul da Inglaterra.

Para encerrar a lista, há vários relatos feitos por astronautas e funcionários de agências espaciais sobre estranhos fenômenos em missões espaciais.

Não é justo resumir a casuística ufológica a tão poucos casos descritos em tão poucos parágrafos, mas faço isso para que o post não fique muito longo e a leitura não fique cansativa. Pretendo abordar alguns casos mais a fundo em outras oportunidades e já abordei alguns em outros posts. Há oito anos digo que o objetivo do Blog do Astrônomo não é ser uma referência, um lugar onde sua pesquisa acaba, mas sim proporcionar referências, ser um bom lugar para saber por onde começar a pesquisar.

Separei três exemplos de casos tupiniquins: a Operação Prato, o Caso Varginha e a Noite Oficial dos OVNIs.

Luzes estranhas estavam atacando civis na Amazônia e a Força Aérea Brasileira (FAB) conduziu a Operação Prato por 4 meses de 1977 na ilha paraense de Colares. Sob o comando do então Capitão Uyrangê Hollanda, foram colhidos inúmeros relatos de populares e feitas centenas de fotos e até filmagens. Os próprios militares – inclusive Hollanda – tiveram suas experiências com o fenômeno. Em 1997, meses antes de um controverso suicídio, Hollanda contou o acontecido a A. J. Gevaerd e Marco Petit (dois grandes nomes da ufologia brasileira), da Revista UFO, em uma entrevista surpreendente registrada em vídeo. Documentos da Operação Prato estão entre os liberados por militares.

Em 20 de janeiro de 1996, um ser marrom de pele oleosa, grandes olhos vermelhos, protuberâncias na cabeça, baixa estatura e forte odor foi visto por três jovens em Varginha, MG. Para muita gente, o Caso Varginha é apenas isso, mas enganam-se. Além de outros relatos de criaturas e naves, segundo pesquisadores do caso, uma criatura teria sido capturada pelos bombeiros. Outra pelo exército. Um policial militar que teria tido contato físico direto com uma criatura no ato da captura faleceu sem explicação pouco tempo depois. Pesquisadores levantaram que militares levaram ao menos uma criatura para Campinas e que ela teria sido examinada pelo legista Fortunato Badan Palhares no Hospital das Clínicas da Unicamp. No dia 26, Militares estadunidenses vieram de avião visitar a Unicamp “para selecionar cientistas brasileiros para futuros projetos espaciais”…

Concepção artística do famoso ET de Varginha (Foto: Revista UFO)

Na noite de 19 de maio de 1986, radares detectaram mais de 20 objetos sobrevoando o eixo RJ-SP. A FAB enviou caças para interceptá-los. Os objetos foram vistos pela tripulação do avião onde estava Ozires Silva, fundador da Embraer e então presidente da Petrobras. A FAB fez um pronunciamento à imprensa e o então ministro da aeronáutica Brigradeiro Octávio de Moreira Lima admitiu o fato, dizendo que a FAB não tinha explicação para o episódio, que ficou conhecido como Noite Oficial dos OVNIs.


Reportagem exibida pelo Fantástico em 19 de maio de 1986

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Foi em homenagem ao caso que batizado o Grupo de Estudos Ufológicos (GEU) “19 de Maio”, que destina-se ao estudo de fenômenos ufológicos e atua na região do Vale do Paraíba (SP). Mensalmente, são feitas reuniões para a apresentação de casos e relatos recebidos. A primeira foi realizada em setembro de 2014. Criado a pouco tempo, o grupo ainda tem poucas pessoas, mas planeja a realização de eventos na região.

O grupo busca respostas “com a mente aberta e o espírito desarmado, respeitando eventuais diferenças de opinião entre nossos membros”, conforme seu manifesto. A divergência de opiniões não é apenas respeitada como também é importante para a criação de um debate sadio sobre as conclusões dos fatos apresentados.

Faço parte do GEU e convindo interessados da região a fazerem também. Entre em contato pelo BdA ou pelo blog do grupo para mais informações.

Mais sobre ufologia pode ser encontrado no arquivo do BdA. Alguns então mencionados na página Posts Recomendados. Envie sua sugestão para textos futuros!

Mas… E você? O que acha dos tais discos voadores? Tem alguma história que gostaria de compartilhar?

Watch the skies!

“Existem muitas hipóteses em ciência que estão erradas. Isso é perfeitamente aceitável, elas são a abertura para achar as que estão certas.”

– Carl Sagan (1934-1996), astrônomo estadunidense

Eduardo Oliveira,

editor